Segunda, 06 de dezembro de 2021
Audiência Pública debate aditivo de contrato com a Corsan

No último dia 02 de dezembro, foi realizada na Câmara de Vereadores de Santo Ângelo, uma Audiência Pública para debater a assinatura do aditivo do contrato com a Corsan, proposto pelo Governo do Estado do Rio Grande do Sul, tendo em vista a privatização da Companhia.

A audiência foi proposta pelo parlamentar Maurício Loureiro, subscrito pelo vereador Nivaldo Langer de Moura, com o objetivo de ampliar as discussões com a comunidade, visto que o aditivo tem prazo para ser assinado até o dia 16 de dezembro.

Estiveram presentes na Audiência Pública, os proponentes Loureiro e Nivaldo, bem como os edis Vando Ribeiro, Rodrigo Flores, Gilberto Corazza, Nerison de Abreu, Márcio Antunes, Carlos Gonçalves, o prefeito Jaques Barbosa e a promotora Paula Mohr. Além disso, estiveram presentes secretários municipais, representantes de entidades e servidores da concessionária. Inicialmente, o vereador Vando Ribeiro falou sobre os debates que o parlamento tem feito para discutir o assunto e as preocupações com as necessidades de água e esgoto da população santo-angelense. Os parlamentares presentes fizeram questionamentos e pontuações, e pediram que o prefeito não aceite a assinatura do aditivo.

O diretor de Comunicação do Sindiágua/RS, Rogério Ferraz, apresentou números e explicou as mudanças de contrato que devem ocorrer caso seja assinado o documento. Conforme Ferraz, a CORSAN de Santo Ângelo teve em 2020 uma receita bruta de mais de R$ 46 milhões, com um lucro líquido que ultrapassou de R$ 7 milhões no encerramento do ano. Já os investimentos em redes de abastecimento de água e de esgotamento doméstico, em 2020, foram de R$ 6,5 milhões.

Ao se pronunciar, o prefeito Jacques afirmou a necessidade de debater com a população o assunto e pontuou os prós e os contras de aderir ou não o aditivo, porém sinalizou o não interesse em realizar a assinatura. “A gente não aceita assinar isso de forma nenhuma. A gente não aceita assinar esse contrato que nos mandaram, porque ele simplesmente é um grande retrocesso, e até digo, uma falta de respeito com tudo o que já foi construído pelos prefeitos que me antecederam, pelos vereadores que antecederam vocês e pelo trabalho do Ministério Público para poder chegarmos a um contrato que os recursos de Santo Ângelo, das taxas de Santo Ângelo, fossem por exemplo, investidos em Santo Ângelo, que é o Fundo de Gestão Compartilhada”, afirmou o prefeito, pontuando ainda “Este contrato que nos mandaram, não nos interessa”.

Já a promotora Paula afirmou a importância da audiência pública como espaço de debate para contribuir na decisão. “Cada município tem uma situação diferente em relação ao contrato. A decisão do que fazer, é do município, não cabe ao Ministério Público dizer. Nos reunimos com o Executivo em diversas oportunidades, mas eu sempre deixo claro, que a decisão do que fazer é do município, e aí está a importância de termos um espaço como este para discutirmos”, ressaltou a promotora.

OUTRAS NOTÍCIAS
09 de outubro de 2024
Vereador Nérison Abreu requereu informações referentes às oficinas mecânicas que prestam serviços ao Executivo
08 de outubro de 2024
Vereador Carlos Gonçalves solicita informações referentes a pavimentação asfáltica
07 de outubro de 2024
Pedido de informação
30 de setembro de 2024
Confira tudo o que foi discutido durante a Sessão Ordinária da última segunda-feira
24 de setembro de 2024
Confira os assuntos que estiveram em pauta durante a Sessão Ordinária da última segunda-feira