Diante do surto de toxoplasmose registrado em Santa Maria, a Câmara de Vereadores de Santo Ângelo aprovou requerimento para que a Corsan local esclareça como está a qualidade da água que chega nas residências de Santo Ângelo.
O requerimento foi subscrito pelo vereador Vando Nolasco. Para o edil, a solicitação se faz necessária a fim de acalmar a população e evitar a disseminação de informações que não são reais. “Precisamos orientar nossa população e informar as providências que estão sendo tomadas para acalmar os mais aflitos. Sugerimos que façam uma coletiva de imprensa para que a população obtenha as informações corretas”, acrescentou o vereador.
Em Santa Maria, a companhia afastou qualquer possibilidade de que a água distribuída pela Corsan tenha relação com o surto. Uma equipe da vigilância em saúde nacional vai ser disponibilizada para atuar em Santa Maria, e também no Estado, para investigar o foco da doença, que continua desconhecido. Até agora, 51 pacientes foram diagnosticados com o protozoário.
Toxoplasmose
A toxoplasmose é uma doença infecciosa causada por um protozoário chamado Toxoplasma gondii. Este protozoário é facilmente encontrado na natureza e pode causar infecção em grande número de mamíferos e pássaros no mundo todo.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, a doença pode ocorrer pela ingestão de oocistos [onde o parasita se desenvolve] provenientes do solo, areia, latas de lixo contaminadas com fezes de gatos infectados; ingestão de carne crua e mal cozida infectada com cistos, especialmente carne de porco e carneiro; ou por intermédio de infecção transplancentária, ocorrendo em 40% dos fetos de mães que adquiriram a infecção durante a gravidez.
Sintomas
Em alguns casos os sintomas não se manifestam, mas podem ser:
Febre;
Cansaço;
Mal estar;
Gânglios inflamados.
O período de incubação da toxoplasmose vai de 10 a 23 dias quando a causa é a ingestão de carne, e de 5 a 20 dias quando o motivo é o contato com cistos de fezes de gatos.
Prevenção
A Sociedade Brasileira de Infectologia lista algumas medidas de prevenção:
Não ingerir carnes cruas ou malcozidas;
Comer apenas vegetais e frutas bem lavados em água corrente;
Evitar contato com fezes de gato. As gestantes, além de evitar o contato com gatos, devem submeter-se a adequado acompanhamento médico (pré-natal). Alguns países obtiveram sucesso na prevenção da contaminação intrauterina fazendo testes laboratoriais em todas as gestantes;
Em pessoas com deficiência imunológica a prevenção pode ser necessária com o uso de medicação dependendo de uma análise individual de cada caso.